terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Reunião nesta terça vai definir novo contrato da cobertura do Morumbi


projeto de cobertura do Morumbi (Foto: Divulgação / São Paulo FC)

Às vésperas da eleição presidencial, marcada para abril, situação e oposição trocam acusações antes da votação que precisará ter 177 conselheiros para ser válida A noite desta terça-feira promete ser quente no salão nobre do estádio do Morumbi. Os conselheiros eleitos e vitalícios do clube se reunirão para aprovar ou não a ratificação do contrato da obra da cobertura do estádio Cícero Pompeu de Toledo, projeto anunciado no final de 2011. A ideia do presidente Juvenal Juvêncio era entregar essa obra até o término do seu mandato, em abril de 2014, o que não será possível. Isso porque, a partir do momento em que tudo estiver resolvido, a construção irá demorar 18 meses.
Todas as empresas envolvidas no processo estarão presentes no estádio com seus representantes. Os conselheiros presentes receberão explicação de tudo que irá acontecer em diante e, na sequência, os presentes irão votar. Para que o pleito seja válido, é preciso que 75% dos 235 conselheiros estejam presentes. Isso totaliza 177 são-paulinos.
Desde já, oposição e situação trocam acusações sobre o projeto. Kalil Rocha Abdalla, que sonha acabar com o poder do grupo de Juvenal Juvêncio, diz que o presidente está escondendo informações sobre o caso.
– Como eles querem votar uma ratificação se ninguém sabe o que está escrito no papel? Eles falam para todo mundo que os contratos estão à disposição para apreciação. Mas, quando você vai lá, você não tem acesso. Não sei a razão de estarem fazendo isso, mas vamos descobrir hoje – afirmou Kalil.
Do lado da situação, o assessor da presidência, José Francisco Manssur, afirma que a reclamação não procede.
– O contrato e o parecer feito por duas empresas estarão à disposição dos conselheiros na noite desta terça. Como ele pode questionar que não sabe de nada se a reunião nem aconteceu?
Além do mais, ele até pouco tempo era diretor jurídico e, se quisesse se informar, era só ter me procurado, o que nunca aconteceu. O diretor atual, Leonardo Serafim, fez isso e fiquei horas com ele até que tudo fosse esclarecido – rebateu Manssur.
Em 2011, a cobertura estava orçada em R$ 300 milhões. Hoje, o valor já subiu para R$ 408 milhões. Esse valor será bancado por um fundo de investimentos captados pela construtora Andrade Gutierrez, responsável pela construção da obra. O São Paulo não colocará um centavo do seu cofre mas, em troca, cederá espaço para exploração comercial dessas empresas.

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